Já percebeu que pessoas que se dizem azaradas realmente são azaradas? Como se explicaria isso? É fácil, o que a gente repete se torna realidade. Existem pessoas muito negativas que repetem mantras em suas cabeças como:
- As coisas sempre são difíceis pra mim.
- Sou mesmo muito azarado.
- Tudo acontece comigo.
- É só comigo que essas coisas acontecem.
A verdade é que o nosso cérebro começa a se sentir do jeito que nosso estado de espírito está, por isso pessoas que são otimistas disponibilizam em seus sistemas sentimentos positivos e se sentem melhor.
“O pássaro não canta porque está feliz, mas sim está feliz porque canta.” (William James)
A idéia de ser otimista e pensar com certo otimismo nada tem a ver com devaneios e atitudes conformistas de que as coisas irão cair do céu. Mas, sejamos sinceros, a vida por vezes já é tão hostil, porque potencializarmos os sofrimentos e as inquietações nas nossas cabeças? Sejamos mais dóceis conosco, isso eleva a auto-estima, quando nos tratamos com hostilidade perdemos parte do nosso amor-próprio e começamos a nos auto-sabotar.
Podemos adotar melhores mantras nos nossos diálogos internos, ou também dizer melhores coisas. O nosso cérebro acaba acreditando nas palavras e faz de tudo para entrar em congruência, isto é, age para alinhar os pensamentos à realidade. Outra questão que frequentemente acontece é a pessoa dizer uma coisa positiva, mas usando a palavra “não”. Como por exemplo: “Não desejo ser azarado”. A maior parte dessa frase dá a idéia de ser azarado, isso porque o “não” é uma pequena palavra, sendo assim é melhor usar frases na afirmativa: “Sou uma pessoa de sorte”.
Funciona assim, quando eu digo para que você não pense em um elefante amarelo, inevitavelmente você pensará em um elefante amarelo. Não é mesmo?
Em um Episódio de “O Chapolin Colorado” intitulado – De médico, Chapolin e louco todo mundo tem um pouco, do ano de 1975, acontece algo interessante. Embora seja um programa de comédia, podemos tirar uma lição muito valiosa sobre os mantras que constituem e moldam o nosso destino. O episódio é sobre dois bandidos, Chinesinho (Carlos Villagràn) que sofre após um assalto apenas escoriações leves e Tripa-Seca interpretado por Ramón Valdez que fica em risco de vida. Chegando no hospital o Chapolin Colorado troca os prontuários e fica repetidamente dizendo que o estava doente está em saúde impecável e o que está bem está moribundo.
No final do episódio o que estava muito doente se recupera completamente e o que estava bem definha e morre. Claro que isso é exagero e é cômico, mas as palavras realmente fazem um tremendo impacto nas nossas vidas.
